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As capivaras, o amor e esses tempos complicados: apertem os cintos!

Tempo de leitura: 15 minutos

A roda da vida / Créditos: Joyce Pascowitch

FESTA NA FLORESTA

Uma surra de felicidade: é isso que eu sinto em algumas ocasiões, quando estou na Bahia e tem uma conjunção de som, sal, mar, lua, estrelas, música boa, muita gente em volta e aquela muvuca necessária. Voltei no último fim de semana para Salvador só pra assistir ao show que considerava impossível de perder: Carlinhos Brown recebendo no Candyall Ghetto Square Marisa Monte, Arnaldo Antunes… e Caetano Veloso! Foi uma apresentação de sonho num início de noite quente, de lua cheia. Muita gente feliz cantando e dançando - impressionante. Me senti tão feliz, cercada de tantas pessoas felizes: sim, porque naquele momento, independente das histórias e questões pessoais, a vibração geral era intensa demais. E isso não se encontra em qualquer lugar, não. Sim, Salvador, muito bom amar você.

Ilustração: Maria Eugenia

FAMA INTERNACIONAL

Era só o que faltava: um mamífero natural das Américas do Sul e Central está rodando o mundo. E pode acreditar: no Japão (é claro, só podia ser lá!) é possível tomar café e brincar com capivaras super simpáticas. Elas são bastante dóceis e adoram receber um cafuné – até dão a barriguinha quando sentem confiança. Mas o que elas gostam mesmo é de ganhar petiscos e legumes que os clientes compram para alimentá-las. Como era de se esperar, o lugar vive cheio e precisa reservar antes. As vagas abrem com duas semanas de antecedência e a visita de 30 minutos custa cerca de 50 reais. Adicione aí mais uns 20 reais para agradar esses inusitados pets com petiscos e outros 20 pelo seu café. Tá valendo.

Viagem com propósito / Créditos: Reprodução Instagram

COMIDA, DIVERSÃO E ARTE

Você já ouviu falar no TremeEats? Essa iniciativa está redefinindo a cena gastronômica, transformando os pop-ups - um evento temporário, geralmente inovador e inesperado, que pode acontecer em qualquer lugar - em experiências imersivas que vão muito além de um simples jantar. Esse coletivo de criativos e apaixonados por gastronomia não está só servindo comida: eles estão criando histórias, reinventando espaços inusitados e mudando a forma como interagimos com a culinária, a arte e a arquitetura. O projeto mais ousado até agora? Polytopo, uma parceria com o coletivo Blanco, de Nova York, que levou um pop-up para uma antiga pedreira de mármore em Atenas, na Grécia. O local virou uma verdadeira instalação viva, onde luz, som e texturas foram planejados para surpreender e transportar os convidados para um universo completamente novo. Uma sala dentro de outra sala, um mundo dentro de uma caverna, uma experiência única.

Torcendo pra isso chegar logo por aqui.

O estranho jogo do amor / Créditos: Reprodução Instagram

QUEBRA-CABEÇA

Pela primeira vez, a loja de departamento inglesa John Lewis colocou o Lego na lista como uma opção de presente para o Dia dos Namorados – que acontece no dia 14 de fevereiro, no Hemisfério Norte. Coisas tradicionais, como rosas vermelhas e jantares em restaurantes badalados, ficam um pouco mais caros nessa ocasião, então, a sugestão da loja foi de comprar um buquê de brinquedo para o casal montar junto. Com tantas avaliações cinco estrelas, parece que os clientes da tradicional department store gostaram da sugestão. A verdade é que os ingleses, com aquele humor único que só eles têm, gostaram dessa ideia, já que só na John Lewis as vendas das rosas de Lego aumentaram 130% em comparação com o ano anterior. Tudo bem, a ideia é muito original, mas quem é gostaria de ganhar um lego de dia dos namorados?

Ilustração: Maria Eugenia

STRIPTEASE - MAS COM CAFÉ, POR FAVOR

O coração das moradoras da casa de repouso Middlesbrough, na Inglaterra, com certeza está em dia e batendo muito bem, obrigada – e o motivo não tem nada a ver com caminhada matinal ou dieta balanceada. Nesse específico caso, o resultado favorável ficou por conta de um evento pouco convencional: um show de striptease, que entrou no lugar da tradicional sessão de tricô. O responsável por esquentar o clima foi Max Hunter, um ex-gerente de casa de repouso que agora atua como stripper e decidiu surpreender as senhoras com uma apresentação especial, com direito a cortinas cintilantes e uma plateia empolgada. As residentes agitavam calcinhas e outros acessórios calientes, enquanto Max exibia todo seu talento. O sucesso foi tanto que as senhorinhas pediram bis - e convocaram o rapaz para participar da famosa sessão de “tricô e bate-papo”. Nada como a criatividade para colocar mais tempero na vida.

Confusão a bordo / Créditos: Reprodução Instagram

QUASE EXCLUSIVO

Parece que a confusão envolvendo a Soho House não acontece apenas na filial brasileira, em São Paulo, conforme publicou a revista Piauí em uma grande reportagem. O que começou pra ser uma coisa sofisticada no mundo inteiro, com start em Londres, em 1995, está enfrentando desafios. Apesar de ter nascido com esse conceito de ser um clube privativo para a elite artística e empoderada, foi de Londres para Nova York e de lá a ideia se espalhou para outras cidades ao redor do mundo, hoje, conta com mais de 200 mil membros, que pagam uma mensalidade pela exclusividade de “pertencer”: um número que cresceu mais de 70% nos últimos quatro anos. A questão é que os dois bilionários que estão à frente do negócio têm ideias diferentes para o futuro. Enquanto Dan Loeb, fundador do fundo ThirdPoint, está pressionando por uma nova liderança e uma grande oferta de aquisição, o magnata dos supermercados e maior acionista da Soho House, Ron Burkle, está ligado a uma oferta de compra de 1,7 bilhão de dólares para tornar o clube privado. Parece impossível fechar essa conta: aumentar o número de vagas para aumentar a receita e continuar sendo exclusivo. Enquanto isso, as críticas vão crescendo…

Crédito: Divulgação

3 perguntas para Brunno Jahara

Brunno Jahara é desenhista industrial, formado na Universidade de Brasília. A certa altura, ele transferiu seu curso pra Itália, onde terminou os estudos. Por lá, ele trabalhou com Oliviero Toscani e Luciano Benetton na Fabrica, uma iniciativa de comunicação e criatividade fora da curva, criada há 30 anos pelos dois. Ele, que sempre preferiu trabalhar com materiais mais puros, como metais, fibras, vidro, criou uma coleção batizada de Arketipos, em junco: sofás, mesas e bancos cheios de brasilidade.

1- Você é reconhecido por trabalhar com materiais naturais. O que mais caracterizaria o seu trabalho?

Trabalho com muitos materiais, dando preferência àqueles mais puros: metais, fibras, cerâmicas, porcelanas, vidro. No meu caso, cada projeto é uma experimentação a partir das possibilidades de cada material: amo aprender. Acredito que meu trabalho se caracteriza por essa pluralidade, onde o traço e a linguagem ficam mais presentes do que a técnica em si.

2. Como foi essa experiência de trabalhar com junco?

O convite surgiu a partir da GS Tramas, que tem já uma tradição de 60 anos com as fibras naturais. Eles estão passando por uma retomada dessa história, por isso a ideia de resgatar arquétipos de mobiliários muito presentes no nosso cenário nas décadas de 60 e 70. O junco tem características muito boas de resistência, é natural da Amazônia e norte do país, e é típico de diversos trabalhos indígenas. Foi excelente poder projetar mobiliário contemporâneo com uma técnica manual e tão tradicional.

3. O que você quer dizer quando fala que o seu estúdio tem um mix dos seus estudos com “o input caótico do design brasileiro”?

Com essa base criativa muito aberta, trabalhando entre disciplinas diferentes, mas sem esquecer de onde vim, o Rio de Janeiro, o Brasil, que tem tantos elementos em sua cultura que sim, beiram o caos, mas de maneira bela. Temos muitos expoentes do design com estéticas muito diferentes e plurais: é o que nos torna únicos no cenário mundial. Nossa criatividade é colorida, livre e vibrante.

Créditos: Joyce Pascowitch / Reprodução Instagram / Divulgação

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