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Uma semana de sustos: os astronautas pousando finalmente de volta à Terra, o aeroporto de Heathrow parando, mas a vida, apesar de todos os grandes, médios e pequenos pesares, continua. Estamos aqui atentos para tudo o que acontece em volta. O que interessa. Abaixo está o que vimos, percebemos e sentimos nesta semana. Bom outono e bom proveito!
Pílulas e mais pílulas: por acaso isso resolve? / Créditos: Reprodução Instagram; Adobe Stock
Se tem uma coisa que a série "The White Lotus" acertou em sua terceira temporada, foi mostrar como os benzodiazepínicos podem ser um problema sério. A personagem Victoria usa e abusa desse tipo de medicamento - mesmo durante a estadia em um spa de luxo, onde teoricamente deveria estar bem relaxada - e protagonizou cenas bizarras (e preocupantes), como dormir na mesa de jantar após misturar os medicamentos com álcool. Mas esse tipo de comportamento não é só ficção: os benzodiazepínicos, como lorazepam, diazepam e alprazolam, usados amplamente para ansiedade e insônia, podem causar dependência em poucas semanas de uso contínuo. Diferente dos antidepressivos que levam algumas semanas para fazer efeito, esses remédios produzem alívio imediato. No entanto, podem desacelerar tanto o corpo que até a respiração fica comprometida. Para idosos, eles aumentam o risco de quedas e acidentes, já que o organismo demora mais para eliminá-los. Em casos mais graves, podem até causar delírios em pessoas com demência. Além disso, ao longo do tempo, a dose inicial já não faz o mesmo efeito, e aí começa um ciclo perigoso de consumo excessivo. O FDA (a Anvisa dos Estados Unidos) já alertou que esses medicamentos devem ser usados com cautela e, de preferência, por curtos períodos – no máximo quatro semanas. Porém, dados de 2019, mostraram que as farmácias de lá distribuíram mais de 92 milhões de medicamentos do gênero. No fim das contas, a chave para lidar com a ansiedade está mais em tratar a raiz do problema do que em buscar alívio imediato….Fica o alerta.
Ilustração: Maria Eugenia
Que aprender coisas novas melhora o nosso sistema cognitivo, isso todo mundo sabe... mas tem algo a mais sobre falar outro idioma. Levamos anos para aprender a nos comunicar bem em outra língua, mas, além do benefício de poder entender mais, não perder o trem e se comunicar com facilidade em outros países, a ciência descobriu algo extraordinário para bilíngues: as doenças cognitivas, como o Alzheimer, podem demorar até 4,5 anos a mais para chegar nesses cérebros. Quando estudamos coisas inéditas e desenvolvemos habilidades, geramos uma reserva cognitiva que preserva a capacidade cerebral. Agora, estudar outros alfabetos funciona como uma ginástica cerebral, que não beneficia apenas o indivíduo, mas as sociedades de uma maneira geral. Eu explico: quem aprende francês também se interessa em descobrir como vivem os franceses, o que torna esse indivíduo mais resiliente e aberto a novas experiências culturais. Dessa forma, criamos conexões neurais que tornam mais fácil entender comunidades e pessoas diferentes de nós, desenvolvendo inclusive outros vieses de enxergar a vida. Eu já estou aqui pesquisando que outra língua eu poderia estudar…japonês?
No escuro, mas com foco / Créditos: Reprodução Instagram
Ir ao cinema pode não ser exatamente para assistir a um filme – pelo menos na Coreia do Sul, onde agora também envolve tricô! Uma rede de salas de lá lançou sessões especiais em que o público pode tricotar enquanto assiste a telona. A ideia é simples: foi criado um ambiente com iluminação ajustada para que as pessoas consigam, tanto ver o filme, quanto as linhas e agulhas, criando uma experiência coletiva e relaxante. A primeira exibição, que aconteceu em janeiro, foi um sucesso absoluto, com ingressos esgotados rapidinho. Mas por que essa invenção? Segundo eles, os cinemas estão buscando se reinventar, tornando-se espaços de experiência. O tricô, que já deixou de ser um hobby solitário e tem conquistado cada vez mais jovens, foi escolhido como um ponto de conexão entre as pessoas. E faz sentido: durante a pandemia, muita gente encontrou conforto em atividades manuais e a tendência continua forte. Além disso, criar novas formas de engajamento para os cinemas – que ainda não se recuperaram 100% do prejuízo dos tempos da covid - pode ser um caminho para a revitalização. O sucesso da iniciativa pode inclusive abrir portas para outras atividades inusitadas dentro das salas de cinema. Alguma ideia por aí?
Ilustração: Maria Eugenia
Casamento engorda? Bom, pelo menos para os homens, parece que sim…Um estudo feito na Polônia revelou que homens casados têm três vezes mais chance de virarem obesos do que os solteiros. Já para as mulheres, o casamento não teria o mesmo impacto – apesar de aumentar o risco de sobrepeso em ambos os sexos. Mas calma lá: o assunto é bem mais complexo do que pode parecer. A obesidade é influenciada por uma mistura de fatores, incluindo genética, ambiente, alimentação e até saúde mental. No caso dos homens, os pesquisadores apontam que, depois do casamento, eles tendem a comer mais (principalmente por conta de refeições maiores e mais frequentes) e se exercitar menos. Afinal, quando a fase de “conquistar” já passou, manter a forma pode deixar de ser uma prioridade. Além disso, outro estudo na China mostrou que os primeiros cinco anos de casamento são os mais críticos para o ganho de peso masculino. Para as mulheres, a história é diferente: elas podem até ganhar peso com o tempo, mas fatores como depressão e informação sobre a saúde parecem ter um impacto maior na obesidade do que o casamento em si. E tem mais: a pressão social para se manter magra pode fazer com que elas controlem mais o peso, mesmo depois de casadas. A pesquisa reforça que o peso não é só uma questão de escolha pessoal, mas sim de um conjunto de fatores sociais, psicológicos e ambientais. Em vez de apontar o dedo para hábitos individuais, os especialistas defendem políticas que incentivem escolhas mais saudáveis, mais acesso a alimentos nutritivos e mais educação sobre saúde. Conclusão: casados, solteiros ou mais ou menos, todos nós devemos nos cuidar.
Um mundo de mentirinha / Créditos: Reprodução Instagram
Se o cineasta Wes Anderson tem uma legião de fãs pelo mundo, ele próprio faz parte do imenso fã-clube de Paris, cidade que tem sido fonte inesgotável de inspiração para ele - sobretudo as ruas do Quartier Latin, próximas à Sorbonne, ao Panthéon, à biblioteca cinematográfica de Saint-Geneviève e seus milhares de cafés intimistas. Agora, em homenagem a ele, a Cinemateca Francesa montou uma exposição imersiva, que promete ser um mergulho no universo visual e narrativo do diretor norte-americano. Vai ter um pouco de tudo: cenários, figurinos… e os franceses prometem também revelar alguns segredos de bastidores desse criador de estética única. A mostra abriu esta semana e vai até 27 de julho, na Cinemateca Francesa, em Paris. E claro: já está na minha lista, na categoria “imperdíveis”.
Não é de hoje que Rafael Moraes - que é joalheiro-antiquário, especialista em joalheria afro-brasileira e joias de artistas - se dedica a pesquisar e resgatar joias de artistas plásticos brasileiros. Fez isso com Roberto Burle Marx, Tunga, Sérgio Camargo, Wesley Duke Lee e com tantos outros. Ele descobriu verdadeiras preciosidades, como as joias desenhadas por Di Cavalcanti e confeccionadas por Lucien Finkelstein, um dos maiores joalheiros do Brasil, que tinha uma loja no Rio de Janeiro. Em 1950, o jovem joalheiro Lucien e Di Cavalcanti deram início a uma longa amizade que rendeu uma coleção de joias desenhadas pelo artista, para que fossem produzidas e comercializadas por Lucien. Anéis, colares e broches em ouro, esmalte e pedras preciosas – tudo muito sofisticado, único e de extremo bom gosto. Agora, 75 anos depois, Rafael Moraes leva essa coleção para seu espaço na SP-Arte, que acontece de 2 a 6 de abril, no Pavilhão da Bienal. Ele também aproveita para lançar o livro “Di Cavalcanti - Joias e Desenhos da Coleção Finkelstein”, que conta com desenhos exclusivos feitos pelo artista e guardados pelo amigo - além de fotos dos dois e das joias. É claro que eu estarei lá para acompanhar de perto esse maravilhoso resgate.
Créditos: Divulgação / Reprodução Instagram / Adobe Stock
Sim, acabou-se o que era doce: sai o verão e entram os dias de outono… Mudam as cores, mudam as sensações. Mudam também as direções nas minhas escolhas desta semana no Iguatemi. Que seja bem-vinda a nova estação.
Obra ao fundo de Mark Rothko, 1955
![]() 1 - Um modelo desses criado por Carolina Herrera ajuda a não sentir falta dos dias mais quentes | ![]() 2 - Um tom muito bem-vindo nos próximos dias: marrom e Saint Laurent, tudo a ver |
![]() 3 - Pausa para pulseira Panthère, da Cartier : fica bem em qualquer pulso, em qualquer estação | ![]() 4 - E agora, onde ir com essa mala de cabine, uma estreia retumbante da Bottega Veneta? Vou correndo na loja encomendar a minha! |
5 - Caminhar é preciso: com esse tênis da NK, uma homenagem às folhas que estão pelo caminho
Créditos: Joyce Pascowitch / Reprodução Instagram / Divulgação
Li que depois de 11 anos de sucesso, o estilista Jonathan Anderson está saindo da Loewe e tudo indica que vai pra Dior
Vibrei com a notícia do namoro de Meryl Streep com ator canadense Martin Short
Celebrei junto com a turma do shopping Iguatemi a escolha do Squad de 2025: que delícia e que astral estava o almoço no Manioca - e quanta gente linda, charmosa e divertida
Soube que duas marcas que gosto bastante vão abrir lojas novas: Neriage, na Melo Alves, e Gaya, na Joaquim Antunes
Fiquei feliz e orgulhosa com a mostra de Bia Milhazes aberta este mês no Guggenheim, Nova York
Acompanhei o anúncio da nova primeira classe da Air France, com toda a elegância de sempre: novos pijamas trazem agora a assinatura de Simon Porte, da Jacquemus, e as amenities, da Sisley
Comecei a sonhar acordada com a mostra de David Hockney na Fondation Louis Vuitton em Paris - a partir de 9 de abril, meu aniversário!
Ouvi falar muito sobre “Adolescência”, a série da Netflix: pesada demais, porém necessária - estou me preparando para assistir
Me diverti acompanhando os treinos de Ary Fontoura postados por ele no Instagram: quanta graça aos 92 anos de idade!
Não consegui ir dar um beijo nas minhas amigas Isabel Foz e Fernanda Pires no lançamento das joias da Talento - soube que foi lindo
Me esbaldei com os mangostins, que estão começando a aparecer nas quitandas
Influenciada por minha amiga Ana França Pinto, comprei um quebra-cabeças baseado em Yayoi Kusama
Travei batalhas diárias com o jet lag : perdi todas
Fui na bela loja de Sonia Diniz Bernardini, Firmacasa, na ocupação Design Everywhere
Voltei a gravar meus vídeos semanais para as minhas redes sociais: estava com saudades
Soube que a Barra Funda, bairro pelo qual tenho a maior simpatia, ganhou agora a Marcenaria Sabiá + Galeria Um - abriu neste sábado
Fiquei orgulhosa com o prêmio que Natalie Klein Duek, de quem sou muito fã, recebe da Wizo nesta semana, em homenagem à criação do PinForPeace, para promover a paz e combater o antissemitismo por meio de ações educativas, mobilização social e diálogo
Pirei com a nova coleção de pratos lançada por Flávia del Pra
Fui convidada para a inauguração do Blue Box Café, da Tiffany’s, e também para a abertura do novo prédio do Masp, agora com as obras devidamente instaladas: vou nos dois, é claro
Experimentei pela primeira vez as delícias do restaurante Aiô, na Vila Mariana: comida de Taiwan, gostei da experiência
Cheguei à conclusão que mais uma vez estou viciada em “The White Lotus”: que série mais perfeita (só se compara a Succession) - aliás, a Zara acaba de lançar uma coleção inspirada nesse tema
Outono é aquela estação que deixa a gente um pouco mais introspectivo… por isso pensei nessa onda cool do Supertramp para dar um boost necessário - que delícia !
Ilustração: Maria Eugenia
Cada vez mais pequenos produtores rurais têm recebido o apoio da JBS, com foco na regularização ambiental e na sustentabilidade das propriedades. Por meio do programa Escritórios Verdes, que começou em 2021, mais de 15 mil propriedades receberam consultoria e apoio técnico para se regularizarem ambientalmente - além disso, 6 mil hectares foram destinados à recuperação florestal em quatro anos. Em 2024, o programa teve um grande avanço: 199 projetos de regularização e a recomposição de mais de 4.153,5 hectares de vegetação nativa. Além das unidades físicas espalhadas pelo Brasil, a JBS lançou o Escritório Verde Virtual, permitindo que produtores de qualquer lugar do país recebam suporte via e-mail, telefone ou WhatsApp. E isso funciona muito: já foram realizadas cerca de 1.220 interações online. Outra frente que começou a operar em 2024, os Escritórios Verdes 2.0, oferece apoio em três áreas: regularização ambiental, assistência técnica para melhorar a produtividade e assistência gerencial para melhorar a administração das propriedades. A JBS também utilizou ferramentas como o Cowbot e a Plataforma Pecuária Transparente para melhorar rastrear a cadeia de fornecimento e ajudar os pecuaristas a cumprirem suas metas de sustentabilidade. Essas iniciativas têm mostrado bons resultados e devem continuar a crescer em 2025, com novos projetos, como o rastreamento de rebanhos no estado do Pará. Sim, a JBS está focada em apoiar os pequenos produtores com serviços gratuitos e soluções sustentáveis, visando a evolução da agropecuária e a melhoria da qualidade de vida no campo. Um bom motivo para comemorar.
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