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Uma semana de sustos mas também de reconexões, de cuidados e de bem querer: aperte os cintos!

Tempo de leitura: 15 minutos

Enquanto Donald Trump espalha o terror na economia mundial, a gente por aqui tenta entender para onde o vento assopra, quem somos e pra onde vamos -tarefa bem difícil diga-se de passagem. Enquanto isso vamos tentar respirar fundo entre um solavanco, um susto e o final de White Lotus. Sim, isso também é vida.

Prada na China: sofisticação é o nome / Créditos: Reprodução Instagram

MISTURA FINA

O momento agora é de sair da caixinha, principalmente para as grandes marcas de moda internacional. Nessa onda, a Prada acaba de lançar seu primeiro restaurante solo na Ásia, o Mi Shang — nome que, aliás, significa “estar obcecado”. Ele é tudo, menos básico. Instalado em uma mansão histórica de 1918 em Xangai, o espaço parece saído direto de um filme do Wong Kar Wai, com luz baixa, reflexos espelhados e aquele clima meio nostálgico, meio poético, que lembra o filme dele, “In the Mood for Love” (Amor à Flor da Pele, em português). Cada detalhe é pensado como se fosse uma cena de cinema, com camadas, contrastes e aquele tempo que desacelera, onde até um olhar carrega drama. A proposta? Criar um diálogo entre Milão e Xangai, como Prada já fez com Wes Anderson no Bar Luce, em Milão. Só que, enquanto Wes Anderson vai no lúdico e colorido, aqui a coisa é mais melancólica, mais evasiva - como se o restaurante estivesse tentando capturar a lembrança de um sentimento. O cardápio também mistura referências: cozinha italiana com toque chinês. Vai do café da manhã a coquetéis noturnos. Sorte dos chineses…

Ilustração: Maria Eugenia

A HORA DA CEGONHA 

Pela primeira vez, mulheres 40+ estão tendo mais bebês do que adolescentes, de acordo com o novo relatório do Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Na verdade, a gravidez na adolescência vem caindo desde 1990 - a taxa de natalidade entre adolescentes despencou 73%, graças à melhoria na educação sexual, maior acesso a métodos contraceptivos e uma mudança cultural em relação a adiar grandes marcos da vida. Nessa época, elas representavam 12,8% de todos os partos nos Estados Unidos. Em 2023? Apenas 4%. Nesse mesmo período, a taxa de natalidade entre mulheres de 40 a 44 anos aumentou 127%. Enquanto isso, entre as de 45 anos ou mais teve um salto de 450%. Que mudança, hein? Isso se explica: as mulheres estão priorizando estudar, trabalhar e investir em autoconhecimento e viagens antes da maternidade. Se por um lado isso reflete mais autonomia feminina, também revela sistemas falhos. Eu explico: elas optam por adiar a maternidade, muitas vezes porque não têm acesso à licença-maternidade remunerada, creche acessível ou trabalho flexível. Ou seja, ter filhos mais tarde nem sempre é uma escolha...

Três, dois, um: desconectando… / Créditos: Reprodução Instagram; Adobe Stock

NOVOS CUIDADOS

Que viajar faz bem para o corpo e para a mente, a gente já sabe. Mas você já ouviu falar em turismo de bem-estar para o cérebro? Pois é, a nova tendência não envolve só spa, suco detox e yoga com vista pro mar – agora o papo é cérebro saudável. E sim, parece coisa de ficção científica: tecnologias que mapeiam a atividade cerebral e prometem melhorar foco, memória e até prevenção de doenças neurológicas estão bombando em destinos de luxo ao redor do mundo. Esse movimento tem nome: neurotecnologia. A ideia é usar ciência e tecnologia pra entender melhor como nosso cérebro funciona – e, de quebra, deixá-lo mais afiado. Já existem terapias com sensores que mapeiam a atividade elétrica do cérebro, outras que usam pulsos magnéticos, luzes específicas e até oxigênio puro em ambientes pressurizados (sim, parece coisa de astronauta, mas é real!). Algumas técnicas são aprovadas por agências regulatórias como o FDA (a Anvisa dos Estados Unidos), outras ainda estão em fase de estudo, mas todas têm uma proposta em comum: cuidar da mente antes que o problema apareça. Muita gente procura esses tratamentos porque está cansada, ansiosa, dormindo mal ou sentindo aquele famoso burnout. Em lugares como o Lanserhof, na Alemanha, ou o Kamalaya, na Tailândia, as terapias misturam ciência de ponta com bem-estar holístico. Tem massagem craniana, análise do intestino, que influencia a mente, oficinas de neuroplasticidade, banhos de som e luz, tudo personalizado pra cada paciente. Mas, claro, não dá pra exagerar: o cérebro é delicado e nem toda moda wellness funciona pra todo mundo. E não custa lembrar também que em muitos casos, as ferramentas mais poderosas ainda são de graça: sol, respiração consciente e boas noites de sono.

UMA QUESTÃO DE SOFISTICAÇÃO

Assim que mudou para os Jardins, a Amarello virou um dos meus pontos preferidos: a loja é uma das mais criativas da cidade, diferente de todas e ao mesmo tempo extremamente sofisticada. Agora, na Páscoa, é lá que vou comprar os meus ovos: tem de chocolate ao leite, ao leite crocante recheado de praliné meio amargo, de chocolate ao leite com bombom de damasco, além de um kit de ovinhos ao leite com 4 unidades. Mas atenção: a venda é só na loja física, na rua Dr. Melo Alves, 780. Pode ser também pelo WhatsApp, (11) 91788-5375 , com entrega em São Paulo, capital.

Levando o hotel favorito para casa / Créditos: Reprodução Instagram

BOA VIAGEM 

Atenção: isso aqui é para quem viaja muito e está sempre de olho em novidades. Sabe aquela correria para comprar uma caneca, um chaveiro ou um ímã no aeroporto, os famosos souvenirs de viagem? Pois bem, eles estão com os dias contados, pois agora é a vez do merch de hotel. E aí, o céu é o limite: os hotéis mais antenados e desejados do mundo colocaram à venda de moletons a fragrâncias exclusivas passando por objetos que decoram os quartos. Isso mostra bem como as marcas hoteleiras tradicionais estão se comunicando com uma nova geração de viajantes, para quem o significado de “luxo” é bem diferente do que era para as gerações anteriores. Tem jogo de monopólio da cadeia Belmond, na Itália, bolsas do Hotel Il Pelicano, na Toscana. O The Carlyle, em Nova York e o Trunk Hotel, em Tokyo, também entraram na onda. Claro que vai virar mania…

Ilustração: Maria Eugenia

MODA REBANHO 

Você já teve a sensação de que todo mundo está se vestindo igual? Tipo aquele visual meio escandinavo – conhecido nas redes como “clean girl”: minimalista e com carinha de "tenho tudo sob controle"? É bonito, claro, mas meio que parece que o algoritmo escolheu a roupa por nós. E é aí que mora o dilema: o que é estilo hoje em dia, se tudo já parece pré-aprovado pelo feed? A verdade é que as redes sociais, principalmente o TikTok, têm moldado o que a gente veste antes mesmo da gente saber o que quer. As tendências agora nascem do que viraliza, e não mais da passarela. E o resultado é um guarda-roupa coletivo, onde todo mundo usa os mesmos óculos redondinhos e cita os mesmos trechos da escritora irlandesa Sally Rooney - que escreveu “Pessoas Normais” e “Conversas entre Amigos”. Pois é: parece que autenticidade virou uma performance cuidadosamente editada. O nome disso é “homogeneização algorítmica”, um termo cabeça que descreve como a inteligência artificial afunila nossas preferências até transformar gosto pessoal em produto de massa. E isso vai além da moda: atinge música, filmes, livros e até política. Se tudo é acessível o tempo todo, o que ainda nos toca de verdade? Inovar ficou difícil. Subverter, nem se fala - até o estilo "não ligo pra moda" virou uma estética com nome e referência visual. A rebeldia agora pode estar justamente em errar feio, em vestir algo que parece não fazer sentido – só porque você quis. Eu aplaudo.

Créditos: Divulgação / Reprodução Instagram / Adobe Stock

Desejos de consumo

Ai que delícia feriado chegando, vários dias para relaxar e colocar as ideias em ordem. Nas escolhas dessa semana nos corredores do Iguatemi, pensei em uma viagem para o campo, para a praia, na casa de amigos. Descansar é precioso.

Na montagem acima, a obra é de Norman Rockwell de 1927. Babysitter

1 - As novas cores das malas Rimowa alegram aquela hora das escolhas difíceis: o que levar?

2 - A primeira coisa na bagagem: uma vela aromática para equilibrar o ambiente - amo essas da Haji

3 - O kaftan de Adriana Degreas mantém o nível de elegância lá em cima, em qualquer cenário

4 - E se a temperatura cair, nada melhor do que um cardigan da A.Niemeyer

5 - Para dar de presente para os anfitriões, esses pratos de Tania Bulhões para o bolo da tarde: quem vai resistir?

Crédito: Marcos Moreira

3 perguntas para

Roberta Sudbrack nasceu em Porto Alegre e é uma chef autodidata que iniciou a carreira vendendo cachorro-quente nas ruas de Brasília. Em 1995, se tornou a primeira chef a comandar a cozinha do Palácio da Alvorada, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Depois, ela construiu história no Rio de Janeiro, onde comanda hoje o restaurante Sud O Pássaro Verde, um dos mais reconhecidos da cidade, e agora resolveu voltar às origens: está também com dois projetos no sul, o restaurante Ocre e o Bar de Charcutaria, em Gramado.

1- Esse é o seu primeiro projeto gastronômico fora do Rio de Janeiro. O que te atraiu especificamente em Gramado?

Sim, sobre Gramado: foi uma coincidência e ao mesmo tempo uma conexão com as minhas raízes e o meu passado. Cresci visitando a cidade com os meus avós, por quem fui criada. Então o lugar me traz muitas lembranças boas. O Wood é um hotel muito charmoso, então porque não fazer de minha comida, no Ocre, mais um motivo para que as pessoas visitem esse destino que tem tanto a oferecer. Como gaúcha, me senti muito motivada.

2. Você fala muito sobre o "luxo do simples" e a comida como experiência emocional. Como isso se traduz na curadoria do Ocre e do Bar de Charcutaria?

Eu acredito que o sentido de luxo tem mudado muito em função de inúmeros fatores: um deles é que muitas vezes o grande luxo é a reconexão, o afeto, o carinho. É nesse sentido que a minha comida se conecta com o Ocre e as propostas gastronômicas que estou criando para todo o hotel. O Ocre nasce deste encontro entre a memória e o presente; o campo e a mesa; o produto e o produtor... É sobre o dividir, o acarinhar, e, principalmente, pausar o tempo a seu favor.

3. Em que sentido, esse projeto do Ocre se diferencia do que você tem feito até aqui?

Existe uma linha de pensamento e filosofia que permeia todo o meu trabalho. Nesse sentido, as propostas são diferentes, mas se encontram na minha crença e paixão pelo artesanato culinário brasileiro, pelo fogo e por uma cozinha que toque a alma das pessoas. O bar de charcutaria que é uma novidade, é um grande sonho, pois junta muitos assuntos que eu amo: os fantásticos queijos e embutidos brasileiros que foram garimpados por todos os cantos do país.

Créditos: Joyce Pascowitch / Reprodução Instagram / Divulgação

Essa Semana Eu…

Participei do programa de Tati Bernardi no UOL, gravamos “Desculpe Alguma Coisa” na segunda-feira e foi ótimo!

Me encantei com as maravilhas do Salone del Mobile de Milão: a mesa de pebolim dos Campana, os bules de café da Loewe e a linha de casa da The Row, luxo só

Fiquei louca para experimentar o novo cardápio do japonês Kotori: vi no Instagram de Rosa Moraes e fiquei babando

Fui abençoada com textos de Clarice Lispector na aula de literatura que tenho em casa

Acompanhei de longe abertura da mostra de Paula Rego & Adriana Varejão: Entre os Vossos Dentes, no Centro de Arte Moderna Gulbenkian Lisboa, que abriu quinta, dia 10

Vibrei com as peripécias da escritora Socorro Acioli no Festival do Livro de Paris

Elegi os tênis Larroudé os meus queridinhos do momento

Recebi da Martins Fontes o livro “Ao Lado de Lina”, de Marcelo Ferraz

Gostei demais da collab da Guarda Mundo com Walério Araújo - a marca completa 15 anos e eu fiquei feliz

Só posso agradecer Flávia Kujawski, que juntou nosso grupo de amigas que foi junto para a Bienal de Veneza a convite do Iguatemi, numa mesa no Blue Box Café para celebrar meu aniversário: que alto astral, que alegria!

Participei de uma reunião que foi pura inspiração com Maria Cláudia Vilaboim e Aline Marques na loja da Weleda da Vila Madalena: vem coisa boa por aí!

Visitei em primeira mão a mostra imersiva de Nina Pandolfo no shopping Higienópolis: ninguém deveria perder, é de uma sensibilidade única, sou fã demais do trabalho dela

Ganhei de Natalie Klein uma surpresa com a qual eu estava sonhando - um casaco tipo bomber preto da The Attico: simplesmente maravilhoso

Senti minha casa cheia de carinho e afeto com as flores e cartões que recebi por conta do meu aniversário: como isso é bom

Acompanhei as idas e vindas de Donald Trump em relação às taxas de produtos de outros países, inclusive as notícias que davam conta dos movimentos das grandes marcas retirando produtos de suas lojas nos Estados Unidos

Vi fotos da feira de Osaka e fiquei encantada (ah, Japão…)

Retoquei as luzes no meu cabelo com o master Mauro Freire - no outono, é bom dar uma iluminada no rosto, não?

Assisti e gostei demais do último capítulo da terceira temporada de “The White Lotus”, como o criador Mike White é sensível, inteligente, inesperado

Nada como um som mais calminho nesses tempos de Páscoa judaica e cristã… escolhi Billie Eilish, porque é uma das minhas preferidas dessa geração, profunda e sensível. Um bálsamo…

lustração: Maria Eugenia

SAÚDE E BELEZA

Líder em tantos segmentos de mercado, a JBS lançou, via sua marca Genu-in, o Genu-in® Life Skin - um colágeno inovador, padronizado e com efeito potencializado na pele. A promessa é firmeza, elasticidade e hidratação com tecnologia de ponta, graças aos peptídeos bioativos que atuam lá nas profundezas da derme. Tudo isso sai de uma fábrica 4.0 no interior de São Paulo, que transforma pele bovina (sim, você leu certo) em ingredientes de alta performance para o mercado de saúde e beleza. A ideia é vender para outras marcas e fortalecer ainda mais o setor de skincare brasileiro. Com esse lançamento, a JBS mostra que dá pra fazer beleza com sustentabilidade. O produto é uma verdadeira revolução no mercado de colágeno, porque, por ser composto por peptídeos bioativos de colágeno facilmente absorvidos, ele consegue chegar até as camadas mais profundas da pele, estimulando a produção natural de colágeno e auxiliando na reparação da estrutura cutânea. O Genu-in® Life Skin chega ao mercado como um ingrediente de alta performance, pronto para ser incorporado a produtos de marcas parceiras no varejo. A estratégia de atuação da Genu-in inclui o fortalecimento de parcerias estratégicas com empresas do setor de beleza e bem-estar, consolidando sua presença em um mercado que valoriza soluções sustentáveis e com alto valor agregado. Nessa fábrica que recebeu um investimento de R$ 400 milhões, a JBS consegue reforçar aquilo que está na essência dos seus negócios: a economia circular, é importante nos tempos de hoje.

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